sábado, 14 de maio de 2016

A burrice que explica o sentimento de vitória


O Brasil retoma a era da ignorância, de insciência, do apedeutismo. Trocando em miúdos: da burrice mesmo.

Os esquerdopatas - como os menos abastados intelectualmente costumam chamar aqueles que lutam pelo direito das minorias e dos trabalhadores - utilizaram-se de argumentos fatídicos, históricos, culturais e de direito para defender o governo democrático que fora eleito. 

Isso porque os esquerdopatas, além dos representantes de minorias, são formados por estudantes, professores, trabalhadores, pensadores, intelectuais e uma infinidade de outros estudiosos, que vão muito além dos livros, procuram a vivência do que foi ensinado.

Antes de passar às críticas, tomo um tempo para reiterar que não sou filiado ao PT e não sou candidato a nada. No entanto, preciso confessar que sou, sim, um esquerdopata. Pois tenho verdadeira "doença" pelas doutrinas vermelhas, pelo comunismo, por uma sociedade mais justa. Modelo esse que não vingou por conta dos inúmeros boicotes e restrições econômicas impostas por outros países, em especial o grande imperialista da América do norte.

Isso posto e em desacordo a tudo isso, temos os defensores da "moral", da "honestidade" e dos "bons costumes", os chamados coxinhas. Sim, aqueles que não leram, não pesquisaram e nem perderam tempo se inteirando sobre o assunto. "Compraram" tudo pronto e seguem cegamente as afirmações imbecis que sustentam as atitudes do regime antidemocrático instaurado. 

Em minha timeline, hoje pela manhã (14/05/16), vi de tudo. Vi um tal pastor comemorar o fim do Ministério da Cultura, o qual chamou de antro dos esquerdopatas; pessoas afirmarem que não se importam de o primeiro escalão do governo ser formado apenas por representantes de uma elite e ainda fazerem piada com isso. Tais gênios ignoram o fato de que cultura pressupõe educação e de que vivemos em regime democrático dito representativo, no qual precisamos eleger lideranças para falarem por nós.

Eu, por certo, não vou sair de casa para brigar pela constância de uma linha de ônibus a qual nunca irei utilizar. Cabe àquela população, que faz uso de tal trajeto, brigar por ela. Assim, como dificilmente veremos um evangélico brigar pelos direitos das religiões de matrizes africanas, já que uma quer ver a outra extinta. Dessa forma, chegamos a conclusão óbvia, de que se só tivermos representantes de um dado segmento, teremos a mitigação e, quem sabe, até a extinção de direitos do outro. Justamente pensando nisto, foi posto em nosso ordenamento jurídico o chamado pluralismo político, direito constitucional que garante a representação de todos as classes.

Por isso a necessidade de termos mulheres, negros, índios, velhos, jovens e, com a devida venia, o diabo a quatro no governo. Pois sãos esses representantes que irão lutar pelo direito dessas classes. O que temos hoje no governo, são apenas produtores rurais, donos de grandes construtoras e, com certeza, pessoas que nunca tomaram um ônibus e nem frequentaram "postinho" de saúde. Pessoas que nunca viveram na periferia e que trocam de canal quando ouvem as palavras pobreza e violência na televisão.

O Brasil, por certo, não precisa dos Power Rangers. Pois mesmo ali, naquele seriado televisivo, os heróis só se preocupavam em dar socos e pontapés. Não tomavam tempo para lutar por alimentos para os mais necessitados, por atendimento de saúde ou por qualquer outro direito e garantia fundamental. Quem luta pelos direitos das mulheres, são mulheres, não super-heróis. Quem luta por alimentos é quem está com fome, pois, quem tem a geladeira cheia, com certeza, vai se preocupar em brigar por outra coisa.

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